segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Lua

A lua rua, nova, nua
vem esvoaçar a pluma
da bruma
olhar...
sentir...
gozar...
falar de amor
almejar
sentir
olhar
A lua, nua, nova, nua
A lua nova
Nova lua
Rua, nua
Lua.

Marcelo Moreira Marques

domingo, 30 de outubro de 2011

O COMPORTAMENTO DE VOGAIS ALTAS/GLIDES /I/ E /U/ EM DUAS VARIEDADES: NA ESCRITA E FALA


Marcelo Moreira Marques
Curso de Pós-graduação em Linguística e Ensino de Línguas
Polo de Araçatuba, SP
Orientador(a) Profª Drª Marilda de Franco Moura

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo comparar o comportamento de vogais altas/glides /i/ e /u/ em duas variedades: na escrita e fala.  Propõe-se analisar alguns registros feitos por alunos do ensino fundamental, a partir dos dados de um corpus obtido de fala espontânea de alunos do ensino fundamental, médio e superior. A discussão teórica fundamenta-se, principalmente, em Bisol (2005), Cristófaro (2007), Câmara Jr. (1976) e Cagliari (1982).
Palavras-chaves: vogais tônicas; fonologia; linguística.

INTRODUÇÃO

A pesquisa descrita aqui tem como objetivo geral analisar o comportamento de vogais altas/glides /i/ e /u/ em duas variedades: na Escrita e na Fala.
O objetivo específico dessa pesquisa é apresentar todos os registros possíveis tanto na fala quanto na escrita. Gravou-se falas espontâneas com informantes (alunos de 6ª série do ensino fundamental) da rede particular e pública e, para colher o corpus da escrita, colheu-se redações desses mesmos informantes, fazendo uma análise do registro e oralidade, para verificar, então, as vogais altas/glides em seu comportamento e verificar o seu verdadeiro papel. Elencamos, abaixo, as questões de pesquisa investigada:
1-      Verificar a epêntese das vogais /i/ nas palavras nóis, vocêis, traiz, veiz, etc.
2-      Verificar a redução das vogais /u/ nas palavras oro (ouro), caxa (caixa), sapatero (sapateiro), manero (maneiro), otro (outro), etc.
O trabalho aqui proposto fundamenta-se na área de pesquisa baseada em corpus  que se preocupa com o registro da escrita e o da fala de algumas palavras que sofrem alterações epentéticas ou reduzidas.
A questão central desta área foi basear-se na amostragem dos comportamentos de tais vogais citadas no título desta pesquisa. Os trabalhos de Cagliari (2007) são relevantes, pois mostram certos tipos de itens lexicais que se caracterizam por terem formas diversas cuja variação é a alternância entre a pronúncia de um monotongo, de um ditongo ou de um tritongo. Por razões morfológicas, é interessante considerar alguns casos como ‘redução’ (por exemplo, ditongos que se tornam monotongos), e outros casos como ‘expansão’ (por exemplo, monotongos que se tornam ditongos). Ex: Forma básica: [kadeira],forma reduzida: [kadera] forma ortográfica: cadeira; forma básica: [koωro], forma reduzida: [korω], forma ortográfica: couro, forma básica: [pei∫i] forma reduzida: [pe∫i], forma ortográfica: peixe, forma básica: [froω∫ω], forma reduzida: [fro∫ω], forma ortográfica: frouxo, forma básica: [kai∫a], forma reduzida: [ka∫a], forma ortográfica: caixa.
            É correto dentro da perspectiva lingüística ditongar ou monotongar algumas dessas palavras citadas acima, na fala ou na escrita?
            Para que a estrutura silábica não viole o princípio de Licenciamento Prosódico, as línguas dispõem de dois mecanismos de ajustamento: a epêntese e o apagamento.(BISOL, 2005, p.115)
            Dentro de uma variação lingüística, deparamo-nos com esses dois mecanismos em nossa volta com determinadas palavras fazendo que a inserção e mesmo o apagamento (ou redução) se propaga em nosso meio.
Alguns exemplos podemos citar, pois existem estereótipos com epêntese: peneu, adevogado, pisicólogo, vocêis, nóis etc. também podemos citar alguns exemplos em que ocorram apagamento (ou redução): caxa, baxar, sapatero, manero, minero etc. (COLLISCHONN, 2003, P. 290).

Segundo CAGLIARI (1982, p.109), “A fala é um processo dinâmico com muitos parâmetros se alternando continuamente, fruto dos movimentos articulatórios”. O processo de fala além de ser dinâmico faz parte da variação de uma língua.

Entretanto, embora a variação não seja acessível ao falante, a escolaridade parece ter um papel como inibidora. “Acreditamos que consciência da forma escrita deve ter alguma influência sobre a variação”. (COLLISCHONN, 2003, P. 290)

            Propõe-se para análise investigar esse comportamento dessas vogais altas/glides em epêntese e a redução das semivogais /y/ e /w/,ou seja, monotongação.
Os dados a serem usados na pesquisa são os seguintes. Um corpus composto de palavras registradas com essas alterações tanto epentéticas, quanto reduzidas.
Este corpus foi considerado o corpus de estudo e está em fase de coleta. A coleta realizou-se da seguinte forma. Primeiramente, colher o maior número de redações de alunos do 6º ano, em que a frequência desses registros são maiores. Em segundo lugar, colher informações de informantes que na fala espontânea, esse fenômeno também ocorre com muita frequência.
Finalmente, a busca da fala foi gravada para mostrar essa variação citada no início deste projeto e os registros das redações foram mostrados de uma forma que possamos entender toda essa variação da língua, tanto na escrita quanto na fala.





  1. DITONGOS NA PERSPECTIVA LINGUÍSTICA

Cagliari (2007, p.66) “Define ditongo em dois modos, um com base na noção de silabicidade e outro com base na noção de movimento articulatório, associado a uma mudança da qualidade vocálica”.
Entende-se por ditongo o encontro de duas vogais, ou seja, o encontro de uma vogal mais uma semivogal ou semivogal mais vogal, classificando-se como ditongo decrescente e ditongo crescente respectivamente.
O ditongo não deve ser confundido com sequência de vogais, segundo Cagliari (2007, p.69) “Entre um ditongo e uma sequência de duas vogais é o fato de ocorrer uma fronteira silábica entre as duas vogais”.
O ditongo tem sua articulação mais específica e peculiar, já as duas vogais têm uma articulação uma após a outra.


Exemplos de algumas ocorrências:

Ocorrência de ditongos
Ocorrência de sequência de vogais
Vou [vow]
Voo    [vow]
Quando [kwãndw]
Coandu  [kwãndw]
Saudade [sawdadi]
Saúde    [saudi]


            Em alguns casos, por percepção da fala ou em situações da escrita, o ditongo possui alguns tipos de proeminências, ou seja, o espichamento da fala em algumas circunstâncias, exemplo: vocêis, nóis, arroiz, francêis etc, a isso, denominamos ditongação.
            Esse fenômeno é muito comum entre falantes, quando em uma situação de fala informal, não se tem uma preocupação na articulação da fala, quando essa fala for espontânea.
            Já no ponto de vista de Câmara Jr. (1969, p. 54), “Os verdadeiros ditongos em português são os decrescentes, os crescentes variam livremente com o hiato como: (su.ar/suar, su.a.dor/ sua.dor)”. Realmente, seguindo essa vertente, percebeu-se que, em alguns casos, os ditongos crescentes são considerados ‘falsos’, pois dentro de uma silabicidade podemos ter ditongo ou hiato. Exemplo: (co.lé.gio, co.lé.gi.o/ sé.rie, sé.ri.e etc).
            Para Bisol (1989, p. 121), “Igualmente não há ditongo crescente, os ditongos crescentes não fazem parte do inventário fonológico do português”, pois surge a fusão de rimas de duas sílabas diferentes como nos exemplos citados acima. No ponto de vista de Bisol (1989) “É preciso ser entendido esses dois fenômenos linguísticos através das rimas silábicas, ora ditongo, ora hiato, por isso não ocorre o ditongo crescente”.
            Já Silva Cristófaro (2007, p.95), “Entende que o ditongo se faz em decrescente e crescente, porque uma semivogal é um segmento com características fonéticas de uma vogal de não poder constituir uma sílaba independente”. Nesse sentido as vertentes de Bisol e Silva Cristófaro são contrárias, pois Bisol entende que só há ditongo descrescente pelo fato das rimas silábicas se formarem independentes e Cristófaro entende que há ditongos decrescentes e crescentes, pois uma semivogal tem a mesma característica de uma vogal, não podendo formar assim sílabas independentes.
            As semivogais (y) e (w) dependendo da ocasião, digamos que na maioria dos casos, na fala, ela ocorre mais livremente, sem a preocupação da articulação. Essas ocorrências se dão não apenas na classe menos favorecida, mas sim também na classe mais favorecida, quando se tratarem da fala, pois a fala é mais espontânea, livre de articulações.
            Em alguns casos da escrita, a classe menos favorecida prevalece mais nesse processo de comportamento dessas semivogais, pois entra a questão sociocultural.












  1. VARIAÇÕES DE REGISTRO – ORALIDADE E ESCRITA

Segundo MARCHUCHI (29007, P.25), “A oralidade seria uma prática social interativa para fins comunicativos que se apresenta sob variadas formas e gêneros textuais”. A oralidade se torna mais livre, mais espontânea, sem a preocupação das regras, pois a sociedade vive uma oralidade secundária.
MASSINI-CAGLIARI (2005, p. 28), “A fala e a escrita possuem as regras de realização distintas, mesmo sendo da mesma modalidade”. Aquilo que existe na fala é muito diferente da escrita, enquanto dizemos “O arroiz queimo”, escrevemos “O arroz queimou”. Nesse exemplo citado, temos uma ocorrência de ditongação e monotongação, algo comum na fala, na maioria dos casos, ora acrescenta uma semivogal ora reduz uma semivogal.
Para PRETI (2006, p.59), “Na fala, elaboração e produção coincidem no eixo temporal”. Essa coincidência se dá na evolução da língua (diacronia).
A fala é espontânea ao passo que a escrita é planejada. Segundo MARCUSCHI (2007, p. 46), “Fala e escrita são diferentes, mas as diferenças não são polares e sim graduais e contínuas”. A atividade da fala se transforma de acordo com que o rodeia, tais como: comunidade, região, etc.
Para MARCUSCHI (2007, p. 17), “Sob o ponto de vista mais central da realidade humana, seria possível definir como um ser que fala e não como um ser que escreve”. Contudo, não podemos levar em conta a fala como algo superior, porque tanto a escrita como a fala são práticas de suma importância para a língua, cada uma com suas próprias peculiaridades.
A fala tem sua peculiaridade acerca da prosódia e, sobretudo do gestual e movimento do corpo e dos olhos. Ao passo que a escrita também possui sua natureza própria como: tipo de letra, tamanho, cores, formatos e prosódia graficamente representados. A fala advém de contextos puramente informais, já a escrita advém de contextos formais adquiridos na escola; por isso, a escrita tem caráter mais precioso, mais cultural.
Para PRETI (2006, p. 67), “A fala é, por excelência, em sua realização ideal, como conversação espontânea face a face”. Trata-se do dia a dia do falante, a despreocupação gramatical e a aproximação simétrica dos efeitos e sentidos. E a escrita para PRETI (2006, P. 67), “É plena, não se produz a quatro mãos, mas a duas, não tem alternância entre os papéis de escritor e leitor”. Neste sentido a escrita é formal e assimétrica, distante e ao mesmo tempo próximo. Há uma preocupação maior com a escrita, pois é necessária uma decodificação do código para codificação do mesmo.


  1. ANÁLISE DA CONVERSAÇÃO


            Nos dados captados, podemos observar com clareza a elevação dessas vogais altas e também a redução das mesmas.
Na entrevista, foram selecionados seis informantes, sendo dois do ensino fundamental, dois do ensino médio e dois do ensino superior, todos em curso.
Vemos, então, aqui o trecho da entrevista, num bate papo informal. Usamos P: para o pesquisador; E1: para o entrevistado 1; e E2: para o entrevistado 2 do ensino fundamental; E3: para o entrevista 3; E4: para o entrevistado 4 do ensino médio e E5:
Para o entrevistado 5 e E6: para o entrevistado 6 do ensino superior. Na primeira entrevista foram entrevistados dois informantes do ensino fundamental de uma escola pública, moradores de uma comunidade de classe baixa na zona oeste de Araçatuba, os informantes têm a idade de 11 e 13 anos respectivamente.

P: Como é o dia a dia na vida de vocês aqui na comunidade?
E1: Ah! Nóis levanta cedo pra ir na iscola e a gente brinca quando chega da iscola.
E2: Também nóis ajuda nossos pais, joga bola solta pipa.
P: Vocês nasceram aqui na comunidade, vocês gostam daqui?
E1: Opa! Aqui é nossa vida, aqui todo mundo conhece todo mundo.
E2: Ali na esquina, tem um sapatero que é meu tio, ele é muito manero, o senhor conhece ele?
P: Não! Por que você diz que seu tio é muito maneiro?
E2: Ah! Porque ele é divertido, é brincalhão, zua todo mundo, é legal!
P: Então! O que vocês esperam do futuro?
E1: Eu quero istuda e fazê faculdade, quero sê adevogado.
E2: Ah! Eu num sei ainda o que eu quero não! Eu trabalho de pegá caxa de papelão na rua, sabe!

            Nesta próxima entrevista, foram entrevistados dois informantes do ensino médio também de uma escola pública da zona oeste de Araçatuba. Os dois informantes têm a idade de 16 e 17 anos respectivamente.
P: E vocês, me contam um pouco sobre a vida de vocês aqui na comunidade!
E3: Aqui é muito massa, a gente têm muita paiz tá ligado! Os mano aqui vive na serena paiz!
E4: Nóis istuda, dá pra acreditá!! Nóis num roba não, a gente fala assim, meio pá! Tá ligado! Mais é o nosso jeito aqui tá ligado! Por isso que a gente vive na paiz! Nóis fala errado, mais nóis não é bandido não senhô!.
P: Entendi o que vocês querem dizer, já que estudam como disseram, vocês pretendem fazer faculdade?
E3: Ah! Maluco, fazê faculdade acho meio difícil, mais quem sabe né!
E4: Se eu fazê faculdade, quero fazê Educação Física.
P: Nossa que legal! Você gosta de esporte então? Você pratica algum esporte?
E4: Eu jogo bola, mais só rachão... gosto de esporte sim, vocêis vê aí que dependendo do esporte num tem ajuda né senhô!. Intão fica difícil!

            Nesta próxima entrevista, entrevistamos dois informantes do Ensino Superior de uma Faculdade particular da zona sul de Araçatuba. Os dois com a idade de 22 e 24 anos respectivamente.

P: Vocês são acadêmicos, um do curso de Administração e outro do curso de Ciências Contábeis, gostaria de saber um pouco da rotina de vocês?
E5: Eu levanto cedo para trabalhar, trabalho numa oficina mecânica, moro na zona norte e um duro danado pra fazê a facul.
E6: Eu moro longe também, ralo muito pra me mantê na facul, meus pais me dão uma força, se não fica difícil, trabalho num escritório, mais ganho poco, quero melhorar de vida.
E5: Nos fins de semana, gosto de corrê, jogá bola e ir pras balada, (risos)
E6: Eu num fico atrais não, vocêis sabe como são essas coisas né!
P: Pela idade de vocês, parece-me que estão um pouco atrasados nos estudos não é?
E5: Rapaiz! Nem fala nisso (risos) to correno atrais do prejuízo, voltei agora porque não tinha condições antes, embora eu to lutano muito entende?
E6: Nossa! (risos) é verdade, eu também digo o mesmo.

            Nessa conversa informal, percebeu-se uma grande variedade de algumas palavras, mas o trabalho consistiu-se em apenas analisar o comportamento das vogais altas/glides /i/ e /u/ que por sua vez, foi percebido um número grande de vogais epentéticas nessas ocorrências e, também a redução da vogal /i/ e /u/ como sapateiro, maneiro, roubar, caixa.


Considerações finais

            Pôde-se observar nesta pesquisa o registro de algumas palavras na escrita, a  expectativa, devido ao tempo de escolarização desses informantes, seria um maior número de acertos quanto a fala, mas o que pôde-se observar é que os erros não eram esperados, pois ocorreu informações que esses informantes eram letrados, apesar dos “erros”.
            Entende-se, então, que o comportamento das semivogais altas glides /i/ e /u/ tanto na ‘ditongação’ e ‘monotongação’ e, sobretudo na fala, é considerado normal em algumas regiões, comunidades e nível social.












Referências bibliográficas

BISOL, L. Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. Rio Grande do Sul: Edipucrs, 2005 4ª Ed.
MATTOSO, Câmara Jr. Estrutura da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Vozes, 1976 7ª Ed.
CRISTÓFARO, Thaïs Silva. Fonética e fonologia do português. São Paulo: Contexto, 2007 9ª Ed.
CAGLIARI, L.C. Elementos de fonética do português brasileiro. São Paulo: Paulistana, 2007 Tese (Livre-Docência).Universidade de Campinas, Campinas, 1982.
PRETI, Dino.  (Org.) Fala e Escrita em questão. São Paulo: Associação Editorial H, umanitas, 2006 3ª Ed.
MARCUSCHI, L.A. Da Fala para a Escrita. São Paulo: Cortez, 2007 8ª Ed.
MASSINI-CAGLIARI, G. O Texto na Alfabetização: São Paulo: Mercado de Letras, 2005 1ª Ed.



           




           

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O uso da vírgula

Quanto ao emprego, a vírgula provoca muitas dúvidas, pois tem várias funções.

O uso da vírgula no interior de orações:

• Separar elementos que exercem a mesma função sintática.
Ex: “Tivera pai, mãe, marido, dois filhos. Todos aos poucos tinham morrido.” (nesse exemplo a vírgula separa uma série de objetos diretos do verbo “ter”.)
                                                         LISPECTOR, Clarice. A legião estrangeira.

Quando elementos que têm mesma função sintática aparecem unidos pelas conjunções e, nem e ou, não se usa vírgulas, a não ser que as conjunções apareçam repetidas:
Ex: Tenho muito cuidado com meus livros e meus CD’s.
       Ou você, ou sua esposa deve comparecer à escola de seu filho.

• Para indicar que uma palavra, geralmente verbo, foi suprimida.
Ex: Patrícia, a todos os seus irmãos, deu um presente de Natal; ao marido, apenas um beijo. (A vírgula após “marido" está indicando a supressão do verbo “dar”.)

• Isolar vocativo.
Ex: - E agora, meu marido, aceito ou não o emprego?

• Isolar aposto.
Ex: Goiânia, capital de Goiás, é uma cidade que tem belas mulheres.

• Isolar complemento verbal ou nominal antecipados.
Ex: Um medo terrível, eu senti naquele momento. (inversão do objeto direto)
De cobra, eu morro de medo! (inversão do complemento nominal)

• Isolar adjunto adverbial antecipado.
Ex: “Dizem muito que, no Brasil, os corruptos ficam soltos enquanto os ladrões de galinha vão para a cadeia.”
                                               VERISSIMO, Luis Fernando. Novas comédias da vida
                                                                             pública – A versão dos afogados.

  
• Isolar nome de lugar, quando se transcrevem datas.
Ex: Goiânia, 21 de janeiro de 2001.

• Isolar conjunções intercaladas.
Ex: A ferida já foi tratada. É preciso, porém, cuidar para que não infeccione.

• Intercalar expressões como “em suma”, “isto é”, “ou seja”, “vale dizer”, “a propósito”.
Ex: Preciso dar uma maquiada no texto, ou seja, subentender algumas idéias.


Uso da vírgula entre orações

A vírgula é usada para:


• Separar as orações coordenadas assindéticas e as sindéticas que não sejam introduzidas pela conjunção e:
Ex: Cheguei, peguei o livro, voltei correndo para o curso.
       Há aqueles que se esforçam muito, porém nunca são reconhecidos.

É aconselhável usar a vírgula quando a conjunção e:

- aparece repetida no período:
Ex: Passaram aqui para perguntar, e questionar, e amolar, e comprometer.

- aparece entre orações de sujeitos diferentes:
Ex: O tempo estava nublado, e o piloto desistiu do vôo.

- não tem sentido de adição:
Ex: A senhora apertou a campainha, e ninguém veio atender. ( o e tem valor de conjunção adversativa)

• Isolar orações intercaladas.
Ex: E o ladrão, perguntei eu, foi condenado ou não?

• Isolar orações adjetivas explicativas.
Ex: As frutas, que estavam maduras, caíram no chão.

• Isolar orações adverbiais.
Ex: “Fiquei tão alegre com esta idéia, que ainda agora me treme a pena na mão.”
                                                                                                      (Machado de Assis)
• Isolar orações reduzidas.
Ex: “Para serenar a roda, propus novo chope.” (Cyro dos Anjos)
Por Marina Cabral

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A Monotongação do Falar Espontâneo Brasileiro

A REDUÇÃO DO DITONGO DECRESCENTE
Na fala espontânea, poucas pessoas pronunciam as semivogais [w] e [y],   representadas na escrita pelas letras /u/ e /i/, em palavras, tais como “peixe, caixa, trouxa”. Esse fenômeno – denominado redução do ditongo decrescente ou monotongação – consiste na passagem de  ditongos /ei/, /ai/, /ou/, por exemplo,  à situação de vogais simples,  /e/, /a/, /o/,  e é cada vez mais perceptível no falar espontâneo brasileiro. No entanto  a grafia padrão ainda continua a indicar o ditongo. Os gramáticos concebem o ditongo como sendo a combinação de uma vogal e de uma semivogal, ou vice-versa, na mesma sílaba, tal como ocorre nos três exemplos anteriores.  O ditongo pode ser crescente e decrescente. É decrescente quando a vogal vem em primeiro plano:  couve, eixo, baixo, por exemplo. Já o ditongo em que a semivogal antecede a vogal é crescente: série, pátria, quarto, entre outros.  A vogal é a base da sílaba.  Um segmento vocálico é produzido toda vez que  a passagem da corrente de ar não é interrompida na linha central, não havendo obstrução ou fricção no trato vocal. Já as semivogais nunca constituem o cume de uma sílaba.  Devido à frequente redução do ditongo decrescente nas realizações orais,   casos de supressão das semivogais [w] e [y] em textos escritos de crianças e adolescentes são cada vez mais frequentes, sobretudo, quando ocorrem na sequência [ow] e [ey]: falou (falô), feixe (fexe), frouxo (froxo). Recentemente, realizei um trabalho investigativo para verificar em que contextos tal situação ocorre mais intensamente. Para isso, analisei  mais de cinquenta textos produzidos por crianças de séries iniciais do Ensino Fundamental,  todos produzidos em situação de ensino-aprendizagem, em uma escola pública da região do Vale do Aço.  Parti do pressuposto de que o trabalho do professor, em relação ao ensino da escrita,  pede um diagnóstico,  e ele deve ser estrutural. Isso implica investigar em que condições estruturais o aluno está atuando para que se possa chegar à condição estrutural a que se deseja chegar. Por exemplo, se a criança escreve “pexe” (peixe), mas não “peto” (peito), o professor poderá trabalhar com atividades de intervenção para um problema que realmente existe, e não com qualquer problema.

AS ESTRUTURAS DA SÍLABA EM PORTUGUÊS
Nos contextos fonéticos, os sons (fonemas), geralmente, funcionam combinados numa unidade superior denominada, gramaticalmente, por sílaba.  Em Português,  a natureza físico-articulatória da sílaba é muito complexa, e pode ser estudada sob vários aspectos. Por exemplo, pode-se  focalizar a série de movimentos bucais, ou o impulso expiratório, ou a tensão dos órgãos fonadores, ou o efeito auditivo que resulta de tudo isso, como nos lembra  Câmara Júnior, um dos mais respeitados linguistas brasileiros.   Esse linguista também se manifesta  sobre o quanto é difícil a seleção de critérios para definir a sílaba, uma vez que se pode considerar “o efeito auditivo, a força expiratória, o encadeamento articulatório na produção contínua dos sons vocais, a tensão muscular durante a série de articulações ou até mesmo o jogo da musculatura peitoral”. Segundo uma tradicional teoria chamada de “organização linear”, uma sílaba completa se constitui de um movimento de ascensão (aclive), culmina no centro silábico (ápice) e é seguido de um movimento decrescente (declive). A estrutura da sílaba, em Português, pode, então, estar condicionada ao aparecimento ou ao não aparecimento das fases crescente e decrescente. Considerando-se essa organização da sílaba, pode-se denominar qualquer vogal pelo símbolo V,  e qualquer consoante por C. Em Português, há três estruturas básicas da sílaba. Sílaba simples é a composta por uma vogal (V):  é, ô, a, por exemplo.  Sílaba complexa é a composta por uma consoante e uma vogal (CV): fé, lê, vô. Já a  sílaba completa  é formada por uma consoante, uma vogal e uma consoante, respectivamente (CVC): ler, mar, ver. No caso de uma sílaba completa, ocorre um aclive, um ápice e um declive. O elemento V é o que está no pico da sílaba (ápice), o que não acontece necessariamente em outros idiomas.

SEMIVOGAIS E CONTEXTOS FONÉTICOS
Os segmentos [w] e [y] são os únicos que estruturam ditongos em Português. Denominados de semivogais, em determinados contextos fonéticos, esses segmentos podem figurar na sílaba, tanto no aclive quanto no declive. Nesse último caso, constituem o chamado ditongo decrescente, tal como se dá nos vocábulos “feixe, peixe, outro, ouro”, por exemplo. Os segmentos [w] e [y] são tidos também como sons intermediários, pois participam tanto da natureza das vogais como na constituição das consoantes. Nesse caso,  em vez de ser o centro da sílaba, a vogal fica numa de suas margens (aclive/declive), conforme as consoantes. Do ponto de vista fonético, apresentam, simultaneamente, traços distintivos [- vocálico, - consonantal]. Em virtude dessas e de outras particularidades, observa-se que, mesmo em língua padrão, transita-se muito facilmente da ditongação à monotongação. Casos como /ou/ pronunciado como /ô/, tal como em “falô, comprô, levo” são muito frequentes, independentemente do nível de escolaridade. O índice é cada vez maior quanto mais nova for a faixa etária, mostram as pesquisas Situações como /ei/ pronunciado como /ê/, como ocorre em “pexe, fexe e amexa”,  também são muito usuais. Ocorre, ainda, a sequência /ai/ pronunciada como /a/ em palavras como “caxa, faxa, baxa”.  Essas situações nos mostram que os ditongos decrescentes estão em pleno processo de extinção.  Na realidade, todas as línguas são passíveis de mudanças. Essa é apenas uma delas.

Por>> Glória Dias Soares Vitorino

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Fonética

A Fonética, ou Fonologia, estuda os sons emitidos pelo ser humano, para efetivar a comunicação. Diferentemente da escrita, que conta com as letras - vogais e consoantes -, a Fonética se ocupa dos fonemas (= sons); são eles as vogais, as consoantes e as semivogais. Letra: Cada um dos sinais gráficos elementares com que se representam os vocábulos na língua escrita. Fonema: Unidade mínima distintiva no sistema sonoro de uma língua. Há uma relação entre a letra na língua escrita e o fonema na língua oral, mas não há uma correspondência rigorosa entre estes. Por exemplo, o fonema /s/ pode ser representado pelas seguintes letras ou encontro delas: c (antes de e e de i): certo, paciência, acenar. ç (antes de a, de o e de u): caçar, açucena, açougue. s: salsicha, semântica, soçobrar. ss: passar, assassinato, essencial. sc: nascer, oscilar, piscina. sç: nasço, desço, cresça. xc: exceção, excesso, excelente. xs: exsudar, exsicar, exsolver. x: máximo. Os sons da fala resultam quase todos da ação de certos órgãos sobre a corrente de ar vinda dos pulmões. Para a sua produção, três condições são necessárias: 1. A corrente de ar 2. Um obstáculo para a corrente de ar 3. Uma caixa de ressonância Caixa de Ressonância:
  • Faringe
  • Boca (ou cavidade bucal): os lábios, os maxilares, os dentes, as bochechas e a língua
  • Fossas nasais (ou cavidade nasal)
Aparelho Fonador:
Órgãos respiratórios: Pulmões, brônquios e traquéia
Laringe (onde estão as pregas vocais)
Cavidades supralaríngeas: faringe, boca e fossas nasais. O ar chega à laringe e encontra as pregas vocais, que podem estar retesadas ou relaxadas. Pregas vocais retesadas vibram, produzindo fonemas sonoros. Pregas vocais relaxadas não vibram, produzindo fonemas surdos. Por exemplo, pense apenas no som produzido pela letra s de sapo. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos na garganta. Você observará que as pregas vocais não vibram com a produção do som ssssssssss. O fonema s (e não a letra s) é, portanto, surdo. Faça o mesmo, agora, pensando apenas no som produzido pela letra s de casa. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos na garganta. Você observará que as pregas vocais vibram, com a produção do som zzzzzzzzzzzzzz. O fonema z (e não a letra s) é, portanto, sonoro. Ao sair da laringe, a corrente de ar entra na cavidade faríngea, onde há uma encruzilhada: a cavidade bucal e a nasal. O véu palatino é que obstrui ou não a entrada do ar na cavidade nasal. Por exemplo, pense apenas no som produzido pela letra m de mão. Produza esse som por uns cinco segundos, colocando os dedos nas narinas. Você observará que o ar sai pelas narinas, com a produção do som mmmmmmm. O fonema m (e não a letra m) é, portanto, nasal. Se, ao produzir o som mmmmmmmm, tapar suas narinas, você observará que as bochechas se encherão de ar. Se, logo após, produzir o som aaaa, observará também que houve a produção dos sons ba. Isso prova que as consoantes m e b são muito parecidas. A diferença ocorre apenas na saída do ar: m, pelas cavidades bucal e nasal (fonema nasal); b somente pela cavidade bucal fonema oral). Há também semelhança entre as consoantes p e b: a única diferença entre elas é que b é sonora, e p, surda. Isso explica o porquê de se usar m antes de p e de b.
Fonte: www.gramaticaonline.com.br

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Gramática Normativa


A gramática normativa é aquela que prescreve as regras, normas gramaticais de uma língua. Ela admite apenas uma forma correta para a realização da língua, tratando as variações como erros gramaticais. Atualmente é muito criticada pelos gramáticos, pois já se admitem outras gramáticas como a descritiva, a gerativa, etc.
A Gramática Normativa toma como base as regras gramaticais tradicionais e o uso da língua por dialetos de prestígio como por exemplo obras literárias consagradas, textos científicos, discursos formais, etc. As variedades linguísticas faladas são tratadas como desvio da norma até que sejam dicionarizadas e oficialmente acrescentadas às regras gramaticais daquela língua.

Estuda a Fonologia através da ortoépia (estudo da pronúncia correta dos vocábulos), da prosódia (determinação da sílaba tônica) e da ortografia (representação correta da língua escrita)
Na Morfologia estuda a forma dos vocábulos, as classes de palavras e as classes gramaticais.
Por fim, na Sintaxe estuda a relação entre as palavras de uma oração ou relação entre as orações de um período a partir de regras pré-determinadas com relação à concordância, à regência e à colocação pronominal.
Conceito e divisões
A Gramática Normativa é uma disciplina e tem por finalidade codificar o uso do idioma, induzindo as normas que representam o ideal da expressão correta. Estes escritores optam por utilizar a linguagem corente, aquela que está dentro dos padrões da norma culta. As regras da gramática normativa são fundamentadas nas obras dos grandes escritores, onde é colocado um ideal de perfeição da língua como se não houvessem variações de pessoa para pessoa, dependendo do meio e do contexto. É nela que se espelha o uso idiomático que se consagrou.

LIMA refere-se àqueles escritores de linguagem corrente, estilizada dentro dos padrões da norma culta. Escritores regionalistas acentuadamente típicos, experimentalistas por admiráveis que possam ser, mas não são utilizados como exemplo para este tipo de gramática, pois ela não considera o desvio da norma como parte de seu estudo e de suas análises, mas somente os textos que obedecem à norma padrão da língua.
A gramática normativa tem a função de estabelecer regras para o uso da língua, sendo, então, a mais usada em salas de aula como forma de padronizar a utilização da língua materna.

Fonte: http://www.infoescola.com/linguistica/gramatica-normativa/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm

sábado, 20 de agosto de 2011

Sonhos

O que me faz sonhar
é o canto das seis horas,
que me faz sorrir


O que me faz sonhar
é o regozijo dos pássaros
cantando ao entardecer


o que me faz sonhar
é o seu lindo sorriso
para as flores


o que me faz sonhar
é sentir seu afago
de desejos...


o que me faz sonhar
é lembrar de ti em
todos os momentos
e em todos segundos


o que me faz sonhar
é ter você em meu
coração...



o que me faz sonhar
é ter você em meus sonhos.


( Marcelo Moreira Marques )

sábado, 6 de agosto de 2011

Flor Bela

A bela da mais
bela das flores
é o seu lindo
rosto de mel...


A bela da mais
bela dor,
é o seu amor
escondido em seu véu


a bela da mais
bela das flores,
é o orvalho,
é a rocha,
é o sol,
é a nuvem,
é a lua,
é o mar.



( Marcelo Moreira Marques )

terça-feira, 12 de julho de 2011

Poema de Aurora

Vago, a luz noturna
ando e vejo ondas mansas
areias finas e quentes
como o açoite da madrugada


Como poeta vou declamando
meus sentimentos azuis
Vago, sempre vago
na madrugada fria e quente


Laços, entrelaçam
beijos, entre beijos
Rochas, sobre rochas
Vago, ah! como vago


Vago sem sentido
mas procuro alguma forma
de encontrar o amor
no poema de " Aurora ".






( Marcelo Moreirra Marques)

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mentecapto

Seu olhar espesso
caricaturado de lógica
sua voz rouca
de fera mansa


Seu andado impetuoso
de pecado...
No impérvio das nuvens
E eu, Mentecapto de sua rijeza


Como um semblante semântico
e sórdido de abutre
e de mórbido airoso


E eu, fruir de seu amor
é como harpear
nas nuvens vastas...





( Marcelo Moreira Marques )

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Resposta

A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito.

No primeiro exemplo, a palavra cara significa "rosto", a parte que antecede a cabeça, conforme consta nos dicionários. Já no segundo exemplo, a mesma palavra cara teve seu significado ampliado e, por uma série de associações, entendemos que nesse caso significa "pessoa", "sujeito", "indivíduo".


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Desafio Gramatical

A menina está com a cara toda pintada.
Aquele cara parece suspeito

Estabeleça a distinção entre os termos em destaque.


Resposta dia 30-06-11.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Cólera

Folhas secas desse jardim
Tão abrasivo de cólera
E afoito, que se aflora
Mas nunca chega ao fim



Ponderar no que se repele
Não obsta o caminho obscuro
E nem de se cambar de muro
Da liberdade que me revele



Minha galízia de amentar
Do nosso amor, é tão rara
Que tento me afugentar



Mas, a beleza que me encara
é a semente, que sem plantar
Colhe frutos de Dara.




( Marcelo Moreira Marques )

terça-feira, 7 de junho de 2011

Linguistas aplicam o modelo teórico da Gramática Funcional ao português oral e escrito

Na interação social por meio da linguagem, a produção das expressões linguísticas depende da intenção do falante, da sua informação pragmática e da antecipação que ele faz da interpretação do ouvinte; a interpretação do ouvinte, por sua vez, depende da própria expressão linguística, da informação pragmática de que ele dispõe e de sua hipótese sobre a intenção comunicativa do falante.
Baseada nesse contexto, Erodite Goreti Pezatti, organizadora de Pesquisas em Gramática Funcional – Descrição do Português, lançamento da Editora Unesp, se empenhou em reunir os estudos de 13 autores sobre o tema, a fim de demonstrar a linguagem não como um fim em si mesmo, mas em termos dos requisitos pragmáticos da interação verbal. Isso significa que, como uma atividade cooperativa, possui regras de natureza social. Por um lado inserem-se as regras que governam a interação verbal de natureza pragmática. Por outro, aquelas que regem expressões lingüísticas, as regras semânticas, sintáticas e fonológicas.
Desenvolvida na Holanda por Simon Dik e seguidores, a teoria da Gramática Funcional baseia-se na informação contextual e situacional disponível aos interlocutores. Somente após esse processo são consideradas as circunstâncias efetivas de interação verbal e suas propriedades. Modificada e aperfeiçoada por Hengeveld, que propõe uma nova arquitetura para ela, a Gramática Funcional passa a denominar-se Gramática Discursivo-Funcional.
Os autores, participantes do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Unesp, câmpus de São José do Rio Preto, na área de Descrição e Análise Linguística, pretendem não só divulgar esse modelo teórico, como também mostrar sua eficácia na descrição linguística e sua aplicação ao português oral e escrito. Pesquisas em Gramática Funcional é a primeira obra em português a mostrar a contribuição dessa teoria para a descrição da língua portuguesa.
Sobre a organizadora - Erodite Goreti Pezatti é doutora em Linguística e Língua Portuguesa pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e pós-doutorada em Gramática Funcional pela Universidade de Amsterdã. Exerce a função de professora-assistente doutor da Unesp, câmpus de São José do Rio Preto. É bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq e líder do grupo de pesquisa em Gramática Funcional (GPGF). Tem experiência na área de Linguística, com ênfase em Teoria e Análise Linguística, atuando principalmente no desenvolvimento de temas como ordenação de constituintes na sentença, articulação de orações, estrutura argumental e tipologia linguística.

Título: Pesquisas em Gramática Funcional – Descrição do Português
Organizadora: Erotilde Goreti Pezatti
Número de páginas: 383
Formato: 16 x 23 cm
Preço: R$ 56,00
ISBN: 978-85-7139-973-0
Os livros da Fundação Editora da Unesp podem ser adquiridos pelo telefone (11) 3107-2623  ou pelos sites: www.editoraunesp.com.br ou www.livrariaunesp.com.br

sábado, 4 de junho de 2011

In Memoriam

Quando perguntares por mim,
se ainda estou vivo,
não ousas perguntares de
Minha alma,
perguntas de minha matéria.



Marcelo Moreira Marques

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Noites com Sol

Ouvi dizer que são milagres
Noites com sol
Mas hoje eu sei não são miragens
Noites com sol
Posso entender o que diz a rosa
Ao rouxinol
Peço um amor que me conceda
Noites com sol
Onde só tem o breu
Vem me trazer o sol
Vem me trazer amor
Pode abrir a janela
Noites com sol e neblina
Deixa rolar nas retinas
Deixa entrar o sol
Livre será se não te prendem
Constelações
Então verás que não se vendem
Ilusões
Vem que eu estou tão só
Vamos fazer amor
Vem me trazer o sol
Vem me livrar do abandono
Meu coração não tem dono
Vem me aquecer nesse outono
Deixa o sol entrar
Pode abrir a janela
Noites com sol são mais belas
Certas canções são eternas
Deixa o sol entrar
Por>> Flávio Venturini e Ronaldo Bastos

sábado, 28 de maio de 2011

Mar cansado

Aquele mar que vejo
está cansado,
está cansado de tanto ondular
Ondular ondas mansas

Aquele mar que vejo
está cansado,
está cansado de tanto ver você passar
Aquele mar que vejo...
Olha o filho das Ondas!!

Aquele mar está cansado
cansado como eu já estou
nada guardo de mim...
nem tristeza e nem rancor
Aquele mar que vejo
Olha o filho das ondas!!


Minhas tristezas foram impelidas
meus rancores se cavalgaram
a minha felicidade, sim
ficou a mercê de minha memória


Aquele mar que vejo
está cansado
Olha o filho das ondas!!.





( Marcelo Moreira Marques )